Em meio a sanções impostas ao Brasil sob a alegação de defender a liberdade de expressão, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, levanta a possibilidade de revogar as licenças de emissoras de e televisão que manifestam críticas ao seu governo.
Durante seu retorno do Reino Unido a Washington, Trump expressou a jornalistas que a Comissão Federal de Comunicações (FCC) deveria reavaliar as licenças de canais que, segundo ele, dedicam-se exclusivamente a criticá-lo. “Quando você tem uma rede, programas noturnos, e tudo o que fazem é criticar Trump… eles estão recebendo uma licença. Talvez a licença deles devesse ser retirada”, declarou.
Trump indicou que a decisão final caberia ao chefe da FCC, Brendan Carr, a quem descreveu como um patriota.
As declarações ocorrem em um contexto de crescente tensão, após o assassinato do ativista Charlie Kirk, um aliado de Trump, em Utah.
Recentemente, a ABC da Disney removeu “indefinidamente” o programa do apresentador Jimmy Kimmel, conhecido por suas críticas a Trump, após pressão da Casa Branca. Kimmel havia feito comentários sobre o assassino de Kirk e o movimento MAGA.
O chefe da FCC, Brendan Carr, solicitou que as afiliadas da ABC “reagissem” aos comentários de Kimmel, insinuando possíveis consequências.
A suspensão do programa de Kimmel gerou críticas de democratas e organizações da sociedade civil, que a consideram um ataque à liberdade de expressão. Protestos foram registrados em frente à sede da ABC. A União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU) divulgou uma nota, afirmando que “autoridades de Trump estão abusando repetidamente de seu poder para barrar ideias que não gostam”.
Trump comentou a suspensão do programa de Kimmel, afirmando que ele foi demitido por falta de talento.
O governo Trump justifica as sanções ao Brasil, incluindo a taxação de 50% sobre exportações e sanções contra o ministro do STF Alexandre de Moraes, alegando suposta violação da liberdade de expressão e perseguição contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados. O governo americano alega que o STF promove uma “caça às bruxas” contra Bolsonaro.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br