Sheikh Hasina sentenciada à morte por crimes contra a humanidade marcou a história recente de Bangladesh. A ex-primeira-ministra recebeu a pena em julgamento conduzido pelo Tribunal de Crimes Internacionais de Dhaka, que também condenou seu ex-ministro do Interior à morte e o ex-chefe da polícia a cinco anos de prisão. (The Daily Star)
O tribunal, formado por três juízes, julgou que Hasina foi responsável por ordenar o uso de força letal, incluindo helicópteros, drones e armas contra manifestantes, além de falhar em impedir que mortes e torturas ocorressem. O veredicto de 453 páginas detalha cinco tipos de crime: assassinato, tortura, facilitação, conspiração e omissão na prevenção de mortes. (The Guardian)
A ex-primeira-ministra estava fora do país, na Índia, no momento da sentença, que foi proferida in absentia. A defesa de Hasina contesta o julgamento, alegando que o processo é politicamente motivado e que ela não teve oportunidade plena de defesa.
Repercussão e contexto
- O veredicto gerou debate internacional sobre a imparcialidade do tribunal e possíveis motivações políticas.
- Especialistas em direitos humanos alertam para a necessidade de revisões e monitoramento externo, dado o contexto político conturbado no país.
- O caso deve ter impacto significativo na política interna de Bangladesh e nas relações internacionais, especialmente com países que observam a aplicação da justiça em regimes politicamente polarizados.
A sentença marca um dos episódios mais controversos da história recente de Bangladesh, reforçando o debate sobre justiça, direitos humanos e política internacional.
