Pobreza em Angola atinge níveis alarmantes
A pobreza em Angola está a crescer de forma preocupante. De acordo com dados recentes, mais de 11,6 milhões de angolanos vivem atualmente em pobreza extrema, o que representa cerca de 31% da população. Esse número aumentou 82% em oito anos, revelando uma crise social que exige respostas urgentes.
Problemas sociais e institucionais
Além da carência material, especialistas alertam para “buracos sociais e institucionais” que dificultam soluções sustentáveis:
- Políticas públicas frágeis e má coordenação entre ministérios.
- Corrupção e fluxos financeiros ilícitos, que drenam recursos públicos.
- Desigualdades profundas entre zonas urbanas e rurais.
- Serviços básicos limitados em saúde, educação, saneamento e água potável.
A ONU também já destacou que Angola precisa reforçar mecanismos de transparência e ampliar as redes de proteção social.
Causas do agravamento
- Dependência do petróleo, que deixa a economia vulnerável às oscilações internacionais.
- Crescimento populacional acelerado, que dilui os efeitos do crescimento econômico.
- Choques externos, como a pandemia e a queda do preço do petróleo.
- Infraestruturas insuficientes, sobretudo nas áreas rurais.
Caminhos possíveis
Especialistas sugerem medidas como:
- Diversificação da economia além do petróleo.
- Reforço da fiscalização e combate à corrupção.
- Expansão de programas sociais regulares, como alimentação escolar e subsídios diretos.
- Investimento em infraestruturas básicas para zonas rurais.