Um grupo inicial de 26 ativistas italianos, que integravam a Flotilha Global Sumud, deixará Israel hoje, informou o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Itália. Os ativistas foram detidos após a abordagem da flotilha pelas forças israelenses enquanto tentavam alcançar Gaza.
O Ministro Antonio Tajani comunicou que o grupo assinou documentos de expulsão voluntária e está prestes a embarcar em um voo fretado com destino a Istambul. Os 26 italianos foram transferidos para a base aérea israelense de Ramon, localizada no sul do país, e a partida ocorrerá pelo aeroporto de Eilat.
Outros 15 italianos permanecerão em Israel, tendo optado por não assinar o documento de expulsão voluntária. De acordo com Tajani, esses ativistas deverão aguardar o processo de expulsão por via judicial, previsto para a próxima semana. O ministro assegurou que a embaixada italiana em Tel Aviv está monitorando a situação para garantir o tratamento adequado e o respeito aos direitos de seus cidadãos.
Na sexta-feira, quatro políticos de esquerda italianos, opositores ao governo, que também participavam da flotilha, já haviam retornado a Roma.
As autoridades israelenses detiveram aproximadamente 450 ativistas envolvidos na Flotilha Global Sumud, que foi abordada na noite de quarta-feira enquanto tentava levar ajuda humanitária a Gaza e romper o bloqueio israelense ao enclave palestino. Os ativistas foram encaminhados para a prisão de Saharonim, localizada no deserto.
Autoridades do Chipre informaram que duas embarcações da flotilha atracaram em portos cipriotas, solicitando permissão para reabastecimento e assistência humanitária. A primeira embarcação, com 21 ativistas de diversas nacionalidades, chegou ao porto de Larnaca na noite de quinta-feira, após uma viagem de mais de quatro horas em condições adversas. O navio permaneceu sob vigilância policial e marítima. Uma equipe médica prestou atendimento a duas pessoas com problemas de saúde, sem necessidade de internação.
Na tarde de sexta-feira, uma segunda embarcação da flotilha, identificada como Seiren, foi autorizada a atracar no porto de Pafos, transportando 10 pessoas. A embarcação, de bandeira italiana, tem previsão de deixar o porto cipriota.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br
