Após uma série de ataques a “dezenas de alvos terroristas”, o Exército israelense anunciou o restabelecimento do cessar-fogo na Faixa de Gaza. A decisão, segundo comunicado militar, segue orientação do governo e visa responder às violações do Hamas.
As autoridades israelenses afirmam ter atacado “30 terroristas que ocupavam posições de comando em organizações” dentro do território palestino. O Exército israelense declarou que continuará a respeitar o cessar-fogo, mas responderá a qualquer violação.
Fontes médicas e da Defesa Civil do enclave informaram que pelo menos 91 palestinos, incluindo 24 crianças e sete mulheres, morreram devido aos bombardeios israelenses na Faixa de Gaza entre a tarde da última terça-feira e esta quarta-feira. Os ataques, que atingiram diversas áreas da Faixa de Gaza, foram ordenados pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, após acusar o Hamas de violar o cessar-fogo.
Netanyahu determinou “ataques contundentes na Faixa de Gaza” após uma reunião do Gabinete de Segurança, convocada depois que o Hamas devolveu a Israel restos mortais de um refém. Exames forenses identificaram os restos como pertencentes a um prisioneiro cujo corpo já havia sido recuperado em 2023.
O Ministro da Defesa israelense acusou o Hamas de um ataque no sul de Gaza que resultou na morte de um soldado israelense na terça-feira, além de violar os termos relacionados à devolução dos corpos dos reféns mortos. O Hamas negou qualquer envolvimento no ataque e reafirmou seu compromisso com o cessar-fogo.
Israel justificou os ataques como resposta a violações do acordo de cessar-fogo. Colunas de fumaça foram vistas em várias partes da Faixa de Gaza na manhã desta quarta-feira.
Os ataques atingiram casas, escolas e blocos residenciais na Cidade de Gaza e Beit Lahia, no norte do enclave, Bureij e Nuseirat, no centro, e Khan Younis, no sul. Equipes de resgate da Defesa Civil enfrentam dificuldades e temem que o número de mortos aumente devido a pessoas presas sob os escombros.
O acordo de cessar-fogo, mediado pelos EUA, Egito, Catar e Turquia, previa a devolução de reféns pelo Hamas em troca de prisioneiros palestinos e corpos. Até o momento, reféns israelenses vivos foram libertados em troca de prisioneiros palestinos e detidos em Gaza. Israel também entregou corpos de palestinos em troca de corpos de reféns israelenses e estrangeiros.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br
