Israel iniciou a libertação de aproximadamente dois mil prisioneiros palestinos nesta segunda-feira, em cumprimento ao acordo de cessar-fogo estabelecido com o Hamas. A medida prevê a soltura de 250 palestinos condenados por homicídio e outros crimes graves, além de 1.700 detidos em Gaza desde o início do conflito. Também estava prevista a libertação de 22 jovens palestinos e a entrega dos corpos de 360 militantes.
Segundo o Hamas, 154 prisioneiros foram deportados para o Egito. Agências de notícias reportam que a lista de libertados não inclui comandantes graduados do Hamas ou outras figuras proeminentes de diferentes facções, o que gerou críticas de familiares de alguns detidos.
Parte dos libertados chegou à Cisjordânia e a Gaza em ônibus, após a libertação dos últimos 20 reféns vivos pelo Hamas. Na chegada, alguns exibiram cartazes com o “V de Vitória” e foram submetidos a exames médicos.
O Hamas divulgou uma nota afirmando ter feito “todos os esforços para preservar a vida dos prisioneiros da ocupação”, enquanto os prisioneiros palestinos teriam sido “submetidos a todas as formas de violações, incluindo abusos, tortura e assassinatos”. O grupo reafirmou seu compromisso com o acordo intermediado pelos Estados Unidos e países árabes.
Ainda segundo a nota, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e seu exército “não conseguiram libertar seus prisioneiros à força e foram forçados a se submeter aos termos da resistência”.
Milhares de pessoas se reuniram no Hospital Nasser, na Faixa de Gaza, aguardando a chegada dos prisioneiros. Uma mulher expressou alegria com as libertações, mas também tristeza pelas mortes e destruição em Gaza.
A filha de um militante do Hamas condenado a múltiplas prisões perpétuas criticou o acordo, alegando que ele “sacrificou aqueles que desempenharam o maior papel na resistência e encerrou as esperanças de sua libertação”. Seu pai foi preso por envolvimento em ataques suicidas que resultaram na morte de dezenas de israelenses.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br
