Forças israelenses interceptaram a Flotilha Global Sumud, resultando na captura de aproximadamente 443 voluntários de 47 países. A flotilha, composta por cerca de 50 embarcações, tinha como objetivo romper o bloqueio à Faixa de Gaza, transportando ajuda humanitária.
O Movimento Global a Gaza, responsável pela organização da flotilha, expressou preocupação com o paradeiro dos ativistas e o acesso à representação jurídica. A organização classificou a ação israelense como um “sequestro ilegal”, alegando violação do direito internacional e dos direitos humanos.
Entre os capturados, estão 17 brasileiros. A lista inclui o ativista Thiago de Ávila e Silva Oliveira, a deputada federal Luizianne De Oliveira Lins (PT-CE) e a vereadora de Campinas, Mariana Conti (PSOL-SP). Também foram identificados Bruno Gilga, Lisiane Proença Severo, Magno De Carvalho Costa, Ariadne Catarina Cardoso Teles, Mansur Peixoto, Gabrielle Da Silva Tolotti, Mohamad Sami El Kadri e Lucas Farias Gusmão.
O comunicado do movimento destaca que outras embarcações foram detidas em águas internacionais. O navio Mikeno, sob bandeira francesa, está sem contato, enquanto a embarcação Marinette, com bandeira polonesa, permanece em comunicação.
O Ministério das Relações Exteriores expressou preocupação com a situação dos brasileiros na flotilha e condenou a ação militar israelense. Em nota, o Itamaraty reiterou o princípio da liberdade de navegação em águas internacionais, reforçando o caráter pacífico da missão. O governo brasileiro exigiu o fim das restrições à entrada de ajuda humanitária em Gaza e responsabilizou Israel pela segurança dos detidos, informando que a Embaixada do Brasil em Tel Aviv está prestando assistência consular aos cidadãos brasileiros.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br