Após a imposição de sanções por parte dos Estados Unidos, a embaixada norte-americana no Brasil intensificou as críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, republicando mensagens de figuras ligadas ao governo de Donald Trump nas redes sociais.
As publicações endossam as recentes sanções aplicadas à advogada Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro, e ao instituto Lex, ligado à família. Tais medidas foram formalizadas pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Departamento do Tesouro dos EUA.
As mensagens republicadas incluem declarações de um secretário de Estado, que acusa Moraes de ser um “violador de direitos humanos”, e de um secretário do Tesouro dos Estados Unidos, que o responsabiliza por uma “campanha opressiva de censura, detenções arbitrárias e processos politizados”.
A Lei Magnitsky, mecanismo legal utilizado para impor as sanções, é destinada a punir supostos violadores de direitos humanos no exterior. Ela prevê o bloqueio de bens e empresas dos alvos das sanções nos Estados Unidos, incluindo contas bancárias e a proibição de entrada no país.
O governo brasileiro expressou indignação com as sanções, classificando-as como uma agressão e afirmando que não se curvará a essa medida. O Ministério das Relações Exteriores declarou que a sanção não atingirá o objetivo de beneficiar os envolvidos na tentativa de golpe de Estado.
O próprio ministro Alexandre de Moraes se manifestou, afirmando que continuará a cumprir sua missão constitucional de julgar com independência e imparcialidade. Ele classificou a sanção contra sua esposa como ilegal e lamentável.
A decisão dos Estados Unidos ocorreu após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe. Moraes é o relator do processo que culminou na condenação de Bolsonaro.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br
