Introdução: Crescimento económico em Angola no centro das atenções
O crescimento económico em Angola voltou a ser pauta de debate em 2025. De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), o Produto Interno Bruto (PIB) angolano registou uma expansão de 1,08% no segundo trimestre. Embora o desempenho seja positivo, os números também revelam a vulnerabilidade do país diante da queda na produção de petróleo, setor ainda vital para a arrecadação de receitas públicas.
Este resultado mostra uma realidade de contrastes: de um lado, o setor petrolífero, que apresentou queda de 8,65%, travando parte da evolução; do outro, o setor não petrolífero, que cresceu 3,43%, puxado por atividades como agricultura, comércio, construção civil e serviços.
Principais setores que sustentam o crescimento económico em Angola
Agricultura como motor alternativo
A agricultura foi um dos destaques no segundo trimestre, apresentando sinais claros de recuperação. Programas de incentivo à produção de alimentos básicos, como milho, mandioca e feijão, têm contribuído para reduzir a dependência das importações e fortalecer a segurança alimentar.
Comércio e serviços em alta
Outro pilar importante para o crescimento económico em Angola é o comércio. O aumento da circulação de bens de consumo e a expansão de serviços, como telecomunicações e transportes, ajudaram a consolidar o crescimento.
Construção civil e obras públicas
Projetos de infraestrutura, incluindo estradas, habitação social e saneamento, também desempenharam papel relevante. Estes investimentos não apenas impulsionam a economia como geram empregos, estimulando o poder de compra das famílias.
Desafios que travam o crescimento económico em Angola
Apesar do avanço, ainda existem obstáculos que dificultam uma trajetória mais sólida de desenvolvimento:
- Dependência do petróleo: O setor petrolífero continua a representar grande parte das exportações e receitas fiscais. Com a queda de 8,65% na produção, o impacto foi imediato sobre as contas públicas.
- Volatilidade externa: Angola é altamente vulnerável às flutuações dos preços internacionais do petróleo, o que afeta a estabilidade macroeconómica.
- Inflação e câmbio: A desvalorização do kwanza e a inflação elevada pressionam o consumo interno e dificultam a previsibilidade para investidores.
Perspetivas futuras do crescimento económico em Angola
Especialistas afirmam que, se o país continuar a investir na diversificação da economia, setores como agricultura, indústria transformadora, turismo e tecnologia podem reduzir significativamente a dependência do petróleo até 2030.
Além disso, reformas estruturais em curso, somadas à digitalização de serviços públicos e ao estímulo ao empreendedorismo, poderão ampliar o espaço para pequenas e médias empresas, fortalecendo o setor privado.
Crescimento económico em Angola e impacto social
O desempenho económico reflete-se também no quotidiano das famílias. Com o avanço do setor não petrolífero, novas oportunidades de emprego estão a surgir, principalmente nas zonas rurais, onde projetos agrícolas começam a ganhar força.
Contudo, o desafio da distribuição de renda e da redução da pobreza continua em destaque. O crescimento precisa ser inclusivo, alcançando não apenas as grandes cidades, mas também as comunidades mais isoladas.

Referências e análises externas
- O portal Notícias ao Minuto destacou os números oficiais do PIB divulgados pelo INE.
- Em análises do Banco Mundial, é sublinhado que Angola precisa acelerar a diversificação para garantir um crescimento sustentável.
- Segundo o FMI, o país tem potencial para atingir maior estabilidade macroeconómica, desde que consiga equilibrar dependência externa e investimento interno.
Conclusão
O crescimento económico em Angola no segundo trimestre de 2025, embora modesto, mostra que o país tem condições para trilhar um caminho mais equilibrado. O setor não petrolífero já é um motor alternativo importante e revela a capacidade de o país caminhar para um futuro menos dependente do petróleo.
Com reformas adequadas, maior investimento em infraestrutura e incentivo ao setor privado, Angola poderá consolidar um crescimento sustentável, inclusivo e capaz de transformar a realidade social da sua população.