Coreia do Norte lança míssil balístico em direção ao Mar do Leste nesta terça-feira (22), segundo autoridades sul-coreanas. O disparo reacende tensões militares na península coreana e ocorre às vésperas da Cúpula da APEC 2025, que será realizada na Coreia do Sul.
O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul informou que vários mísseis balísticos de curto alcance foram disparados por volta das 08h10 (hora local), a partir da província norte-coreana de North Hwanghae.
Os projéteis percorreram aproximadamente 350 quilômetros antes de caírem, possivelmente no Mar do Leste — também conhecido como Mar do Japão.
O lançamento marca o primeiro teste balístico norte-coreano em quase cinco meses, reforçando o padrão de provocações estratégicas adotado pelo regime de Kim Jong Un.
Informações preliminares indicam que o lançamento foi direcionado ao mar na costa leste norte-coreana. O último lançamento de mísseis balísticos conhecido ocorreu em 8 de maio, quando múltiplos mísseis de curto alcance foram disparados da costa leste do país.
A Coreia do Norte desafia a proibição internacional imposta ao seu programa de desenvolvimento de mísseis balísticos, uma medida com forte apoio dos Estados Unidos e da Coreia do Sul.
Este lançamento ocorre em um momento de intensas atividades diplomáticas na região, antecedendo uma visita à Coreia do Sul de líderes que participarão de um fórum econômico da região Ásia-Pacífico na próxima semana. Entre os líderes esperados estão o presidente dos Estados Unidos e o presidente chinês.
Recentemente, a Coreia do Norte exibiu seu mais recente míssil balístico intercontinental durante um desfile militar, que contou com a presença do primeiro-ministro chinês.
Reação internacional imediata
As forças armadas da Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos emitiram alertas e reforçaram a vigilância conjunta na região.
O Ministério da Defesa sul-coreano classificou a ação como uma “grave ameaça à paz e à estabilidade regional”.
O governo norte-americano, por sua vez, condenou o teste e afirmou estar “avaliando as implicações em coordenação com aliados próximos”.
Tóquio também anunciou que o míssil não entrou em seu espaço aéreo, mas destacou a “séria violação das resoluções do Conselho de Segurança da ONU”.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br
