O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que o Brasil intensificará a cobrança à Organização das Nações Unidas (ONU) para que se concretize a criação de um Estado palestino. O anúncio foi feito durante uma coletiva de imprensa, após a participação do presidente na Assembleia Geral da ONU em Nova York.
Lula reiterou sua posição sobre os eventos na Faixa de Gaza, descrevendo as ações de Israel como um genocídio contra a população palestina. “Eu penso que o mundo inteiro já está tomado da percepção de que você não tem uma guerra em Gaza, você tem um genocídio de um exército fortemente preparado contra um povo indefeso, sobretudo mulheres e crianças”, declarou.
O presidente ressaltou o apoio de mais de 150 países à criação de um Estado palestino e enfatizou o papel crucial da ONU na implementação dessa decisão. Segundo Lula, a ONU, que demonstrou capacidade ao criar o Estado de Israel, possui a mesma responsabilidade em garantir a criação de um Estado palestino.
A questão da criação de um Estado palestino foi um tema central na Assembleia. Enquanto diversos chefes de Estado manifestaram apoio à soberania palestina, o presidente dos Estados Unidos se posicionou de forma contrária.
Além disso, nas vésperas da Assembleia, países como França, Canadá, Reino Unido, Austrália e Portugal anunciaram o reconhecimento formal do Estado da Palestina.
Durante seu discurso na Assembleia Geral da ONU, Lula apelou para que outros países reconheçam a Palestina como Estado, alertou para o risco de desaparecimento do povo palestino e condenou as ações do Hamas. “Os atentados terroristas perpetrados pelo Hamas são indefensáveis sob qualquer ângulo. Mas nada, absolutamente nada, justifica o genocídio em curso em Gaza. Ali, sob toneladas de escombros, estão enterradas dezenas de milhares de mulheres e crianças inocentes. Ali também estão sepultados o direito internacional humanitário e o mito da superioridade ética do Ocidente”, afirmou.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br
