A autorização de residência em Portugal tem sido motivo de preocupação entre estrangeiros que vivem no país. Nos últimos meses, aumentaram os relatos de atrasos prolongados na emissão desse documento essencial para a permanência e circulação legal em território português.
Segundo reportagem do The Economic Times, o tempo médio de espera para a autorização de residência em Portugal pode ultrapassar seis meses, mesmo após o vencimento do visto D, normalmente válido por apenas 120 dias.
Sem uma extensão oficial para esse visto durante o processo, muitos estrangeiros ficam impedidos de viajar dentro ou fora do espaço Schengen, temendo problemas legais ao regressar a Portugal.
O problema agravou-se após a substituição do antigo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) pela nova Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), que herdou milhares de processos pendentes. Fontes indicam que a transição gerou lentidão e incertezas no atendimento.
“É frustrante. O visto expira e ficamos sem poder sair do país enquanto aguardamos uma resposta que pode demorar meio ano”, relata um imigrante citado pela publicação.
Além das dificuldades de viagem, os atrasos têm impacto direto no acesso ao emprego, habitação e serviços públicos, deixando muitos estrangeiros em situação de vulnerabilidade.
Apesar da pressão crescente, até o momento o governo português não anunciou medidas concretas para acelerar o processo de emissão. Advogados especializados em imigração recomendam que candidatos mantenham todos os comprovativos do pedido e evitem deslocações internacionais até receberem o cartão de residência.
Enquanto isso, milhares de estrangeiros continuam à espera de uma solução definitiva que lhes permita viver legalmente e com tranquilidade em Portugal.
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