Milhares de manifestantes se reuniram no centro de São Paulo em mais um ato de apoio à causa palestina. O foco da manifestação foi a recente prisão de ativistas por Israel, enquanto tentavam furar o bloqueio naval imposto à Faixa de Gaza.
Os participantes denunciaram o que classificaram como violência por parte da marinha israelense durante a interceptação da Flotilha Global Sumud, que reunia cerca de 50 embarcações e 461 ativistas, transportando doações de alimentos e remédios. A intenção era diminuir o impacto do bloqueio israelense, que, segundo os manifestantes, causa mortes por inanição e surtos de doenças. A alegação é que a abordagem ocorreu fora das águas territoriais israelenses, e inclui denúncias de violência, como a que teria envolvido a ativista norueguesa Greta Thunberg.
O protesto também cobrou uma postura mais incisiva do governo brasileiro para garantir a segurança dos 11 cidadãos brasileiros que estão entre os ativistas detidos. O grupo, composto por representantes de partidos políticos, sindicatos, brasileiros de origem árabe e organizações estudantis, concentrou-se inicialmente na Avenida Paulista e, posteriormente, seguiu em direção à Praça Roosevelt.
Um dos manifestantes, Ziad Saifi, comerciante de origem libanesa, ressaltou a importância da luta pela liberdade da Palestina e o fim do genocídio. Bernardo Cerdeira, jornalista, defendeu o rompimento de relações diplomáticas e comerciais entre o Brasil e Israel, argumentando que o país continua exportando petróleo e aço para um “Estado assassino, genocida”.
O Ministério das Relações Exteriores já cobrou a libertação dos brasileiros detidos e defende que Israel seja responsabilizado por atos ilegais e violentos cometidos contra a Flotilha. O Brasil também exige que Israel assegure a segurança e integridade física dos ativistas sob sua custódia.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br