A notícia que abalou a indústria da música é oficial: o magnata do hip-hop Sean “Diddy” Combs foi condenado e sentenciado a 4 anos e 2 meses de prisão (50 meses). A muito esperada Diddy sentença prisão tráfico sexual—embora o júri o tenha absolvido do crime de “tráfico sexual” em si—encerrou um dos julgamentos mais controversos da década.
Combs foi considerado culpado de duas acusações relacionadas ao transporte de pessoas através das fronteiras estaduais para fins de prostituição (Lei Mann). O juiz federal Arun Subramanian impôs a pena, enfatizando que era necessária uma sentença significativa para responsabilizar o empresário pelo seu histórico de “abuso físico, emocional e psicológico”.
Além da pena de reclusão, Combs deverá pagar uma multa de US$ 500 mil. A decisão judicial encerra um dos julgamentos de maior repercussão na indústria cultural americana nos últimos anos.
Em julho, Diddy foi considerado culpado por transportar mulheres entre estados com fins de prostituição, violando a Lei Mann de 1910. As vítimas no caso são a cantora Cassie Ventura, ex-namorada do artista, e uma segunda mulher identificada como “Jane” durante o processo legal.
A acusação havia solicitado uma pena superior a 11 anos de prisão, enquanto a defesa buscava uma sentença reduzida para 14 meses. O juiz Subramanian, ao aplicar a pena, ressaltou a gravidade dos atos cometidos. “Boas ações não apagam o poder e o controle que você exerceu sobre mulheres que dizia amar profundamente”, afirmou o juiz ao anunciar a decisão.
Durante o julgamento, foram detalhadas as chamadas “freak-offs”, festas com orgias organizadas por Diddy, onde o uso de drogas era comum e o consentimento das participantes era questionável. As vítimas relataram episódios de violência física e psicológica, além de ameaças de divulgação de vídeos íntimos caso se recusassem a participar.
Apesar de ter sido absolvido de acusações mais graves, como tráfico sexual e conspiração para extorsão, que poderiam ter resultado em até 20 anos de prisão, Diddy permanecerá detido no Centro de Detenção Metropolitana do Brooklyn, onde se encontra desde setembro de 2024.
O caso atraiu atenção mundial devido à gravidade das acusações e à trajetória de Combs, uma figura proeminente no cenário do hip-hop, fundador da gravadora Bad Boy Records e produtor de artistas renomados como Notorious B.I.G., Mary J. Blige e Usher. Estima-se que sua fortuna pessoal atinja a marca de US$ 1 bilhão.
Durante a audiência, familiares e filhos de Combs prestaram apoio e pediram clemência ao juiz. O rapper expressou arrependimento, afirmando: “As pessoas podem mudar. Eu sei que mudei.” No entanto, o juiz enfatizou a necessidade de “uma sentença substancial” para transmitir uma mensagem clara sobre a responsabilização em casos de violência contra mulheres.
