A participação da seleção israelense de futebol na Copa do Mundo de 2026, sediada nos Estados Unidos, México e Canadá, está ameaçada por uma crescente campanha de boicote. O movimento ganha tração em meio a acusações de genocídio na Faixa de Gaza, com relatores independentes da ONU defendendo a suspensão de seleções de países com violações massivas de direitos.
A situação de Israel é comparada à da Rússia, que foi banida de competições da Uefa e da Fifa após a invasão da Ucrânia em 2022. Na Europa, há um movimento favorável à suspensão, e o presidente da Uefa avalia uma sessão de emergência para votação, inclusive online.
A Associação Palestina de Futebol também apoia o boicote, intensificando as críticas após a morte do jogador palestino Suleiman al-Obeid, conhecido como “Pelé palestino”, durante um ataque aéreo em Gaza.
Em Israel, governo e a Associação Israelense de Futebol trabalham para evitar o banimento, que afetaria a participação na Copa do Mundo e de clubes israelenses em competições europeias. Um porta-voz do Ministério da Cultura e do Esporte declarou que o momento exige cautela e que informações serão divulgadas ao longo do processo.
Os Estados Unidos manifestaram oposição à suspensão da seleção israelense, com um porta-voz do Departamento de Estado afirmando que o país trabalhará para impedir qualquer tentativa de banir a equipe do torneio.
Especialistas da ONU defendem que o boicote mire o Estado e não jogadores individuais, evitando punições baseadas em nacionalidade. O ex-jogador francês Eric Cantona questionou o “duplo padrão” do futebol internacional, lembrando o rápido banimento da Rússia em comparação com a situação de Israel.
A decisão sobre a suspensão de Israel depende da deliberação dos comitês executivos da Uefa e da Fifa, que enfrentam pressão internacional, política e esportiva.
Fonte: jovempan.com.br