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Israel Supera Guerras Mundiais em Mortes de Jornalistas

Crédito: agenciabrasil.ebc.com.br

Em um período inferior a dois anos, a Força de Defesa de Israel (FDI) é responsável pela morte de mais jornalistas e profissionais de mídia do que qualquer outro conflito armado na história mundial. De acordo com o Sindicato de Jornalistas Palestinos, cerca de 246 profissionais foram mortos desde 7 de outubro de 2023.

Este número é superior à soma das mortes de jornalistas em sete grandes conflitos históricos, incluindo as duas Guerras Mundiais, a Guerra Civil Americana, as guerras da Síria, do Vietnã (incluindo os conflitos no Camboja e no Laos), da Iugoslávia e da Ucrânia.

Uma pesquisa da Universidade de Brown, nos Estados Unidos, classifica a guerra em Gaza como o pior conflito da história para profissionais da imprensa.

Entidades representativas de jornalistas de todo o mundo acusam Israel de promover ataques deliberados para impedir a cobertura da guerra na Faixa de Gaza, alegação negada pelo governo de Benjamin Netanyahu.

Israel proíbe a entrada de jornalistas estrangeiros em Gaza sem escolta e controle militar, dificultando o acesso à informação sobre a situação no território palestino.

Ainda em 2023, 37 jornalistas foram mortos na Faixa de Gaza em um período de dez semanas. O Sindicato dos Jornalistas Palestinos também reporta que 520 jornalistas foram feridos por balas ou mísseis israelenses e 800 familiares de profissionais de mídia foram mortos. Além disso, 206 jornalistas palestinos foram presos por Israel desde outubro de 2023, com 55 ainda detidos, incluindo 23 em prisão administrativa sem acusação formal.

Ataques aéreos e com tanques destruíram 115 veículos de comunicação na Faixa de Gaza, enquanto cinco veículos de comunicação foram fechados na Cisjordânia e em Jerusalém, com a destruição ou fechamento de 12 gráficas.

Israel nega atacar civis deliberadamente, incluindo jornalistas, e justifica algumas mortes ao alegar ligações dos jornalistas com o Hamas, acusações contestadas por entidades profissionais e de direitos humanos.

Em fevereiro de 2024, um jornalista da Al Jazeera descreveu o trabalho na região como o mais mortal da história para a profissão.

Em um ataque recente, a equipe de socorristas de um hospital foi atingida, resultando em 20 mortos, incluindo cinco jornalistas. A FDI alega que não alveja civis intencionalmente e que o Hamas usava o hospital para operações, o que é negado pela organização palestina. Uma investigação foi aberta para apurar o ocorrido.

A organização Monitor Euro-Mediterrâneo de Direitos Humanos sugere que os ataques de “tiro duplo” visam paramédicos, defesa civil e jornalistas.

Em outro caso, Israel acusou jornalistas de trabalharem para o Hamas. A Al Jazeera repudiou a acusação, afirmando que Israel tenta impedir a divulgação dos acontecimentos do conflito.

Jornalistas enfrentam dificuldades para acessar alimentos devido ao bloqueio israelense e à distribuição limitada de comida. Agências de notícias expressaram preocupação com a fome generalizada entre jornalistas em Gaza.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

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