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ONU pede investigação independente sobre uso de força nos protestos em Angola

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) solicitou oficialmente uma investigação independente sobre alegações de uso excessivo da força por parte das forças de segurança em protestos recentes. Vídeos indicam possível uso de munição real contra manifestantes pacíficos APAnews – Agence de Presse Africaine.
Grupos da oposição, como a UNITA e o Bloco Democrático, também criticaram o governo, qualificando a situação como uma grave crise política e social, agravada por políticas desconectadas da realidade angolana Al Jazeera

Os protestos que ocorreram em Angola no final de julho de 2025, especialmente em Luanda e nas províncias do Huambo, Benguela e Huíla, foram motivados pelo fim dos subsídios ao combustível, o que causou um aumento de mais de 30% no preço do diesel e da gasolina. Isso afetou diretamente o transporte público, os preços de alimentos e o custo de vida.

A repressão policial foi forte e imediata, com relatos de uso de balas reais, gás lacrimogêneo e detenções em massa. Em resposta à crise, a ONU se manifestou oficialmente em 30 de julho de 2025.

🛑 O que disse a ONU?

A porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Marta Hurtado, afirmou em Genebra:

“Estamos profundamente preocupados com relatos de uso excessivo da força pelas forças de segurança durante os protestos em Angola. As alegações de mortes, ferimentos e detenções em massa devem ser investigadas de forma independente, imparcial e urgente.”

⚖️ Reação do governo angolano

O porta-voz do Ministério do Interior de Angola, em declaração oficial no dia 31 de julho:

  • Confirmou o uso da força “apenas para conter ações de vandalismo”.
  • Negou que as forças policiais tenham agido fora dos protocolos.
  • Prometeu abrir investigações internas sobre alguns casos isolados, mas rejeitou a necessidade de missões externas no país.

O ministro da Justiça, Francisco Queiroz, disse que Angola tem mecanismos próprios de controle e que “respeita os direitos humanos conforme previsto na Constituição”.

Reações locais

  • UNITA (principal partido da oposição) e o Bloco Democrático exigiram:
    • A demissão do Ministro do Interior.
    • A criação de uma comissão parlamentar independente para apurar os fatos.
  • ONGs locais e internacionais como Amnistia Internacional, Mosaiko, OMUNGA e Human Rights Watch criticaram duramente a resposta do governo e pediram sanções internacionais.

🧭 Situação atual

  • O clima nas ruas de Luanda está mais calmo, mas ainda tenso, com presença militar em várias zonas sensíveis.
  • A comunidade internacional, incluindo União Africana e União Europeia, está acompanhando os desdobramentos.
  • Muitos angolanos estão se organizando por redes sociais para retomar protestos de forma pacífica na próxima semana.

Fontes: Anadolu Ajansı+10un.org+10APAnews – Agence de Presse Africaine+10.APAnews – Agence de Presse Africaine+1DevelopmentAid+1.

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